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A busca infinita por um padrão de beleza inexistente

  • Psicóloga Sabrina R. Prates
  • 11 de out. de 2017
  • 3 min de leitura

De acordo com dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), em 2013 o Brasil passou a liderar o ranking mundial de cirurgias plásticas. Em 2015 dados apontam que o país passou para o segundo lugar no ranking, mas as estatísticas ainda são alarmantes: de acordo com a Isaps foram realizadas em solo nacional 1,2 milhões de cirurgia plástica e 1,1 milhão de outros procedimentos estéticos.

Mas será que esses padrões de beleza são reais e alcançáveis por todos?

O fato é que o Brasil é um país vaidoso, e nessa busca incessante pela perfeição imposta pela mídia e redes sociais, homens e mulheres estão a cada segundo nessa luta com a balança e o espelho, buscando desde cirurgias arriscadas a dietas rotuladas como "da moda" e "perfeitas", fazendo com que muitas vezes a aparência passe a se tornar a essência humana.

Ser escravo(a) e querer estar de acordo com o padrão de beleza eleito pela sociedade traz a ilusão de que o indivíduo será mais feliz, mais bonito, mais desejado e aceito socialmente. Muitas vezes esquecemos que a beleza é única e que ela também pode estar no que é diferente.

E nessa busca incessante pelo corpo “perfeito” podemos nos deparar com diversos problemas: deixando de lado a própria saúde em função da estética “perfeita”, o indivíduo passa a abusar de medicamentos, exagerar nos exercícios físicos, excesso de cirurgias e procedimentos estéticos, transtornos alimentares, adquire uma sensação de inadequação, estresse, rebaixamento da autoestima, depressão, etc.


Agora pense: O que seria mais saudável, manter o padrão de beleza que é estabelecido pelas redes sociais e mídia ou mudar o seu pensamento e descobrir a sua própria beleza?

Ao nos tornamos “escravos” e abrigados a pertencer aos padrões, nos tornamos limitados e vemos a realidade de maneira distorcida, esquecemos que os corpos são geneticamente diferentes e que cada indivíduo possui uma beleza única. Quando começamos a nos visualizar e nos aceitar dentro daquilo que realmente somos e que podemos ser, construímos uma personalidade de maneira mais organizada e melhoramos nossa autoestima de modo que passamos a nos sentir adequados em qualquer espaço, adquirimos força e vitalidade, estamos mais abertos a descobrir o que realmente é importante e belo para cada um de nós. Como já dizia Rogers “O paradoxo curioso é que quando eu me aceito como eu sou, então eu mudo.”

O que te faz feliz? O que te faz triste? Comece pensando no que te faz bem e não na sua estética. Comece agora! Pense em como as coisas podem ser modificadas apenas pela maneira como age diante das cobranças feitas pela sociedade. Seja positivo(a)! Passe a ver que você é muito mais importante que um padrão de beleza.


Como já dizia Kim McMillen e Alison McMillen, em “Quando Me Amei de Verdade” (2003):


“Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar.

Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima [...].”


A nossa autoestima, não tem nada a ver com o que os outros acham de nós, tem a ver com o que nós vemos, como nos enxergamos e como nos posicionamos diante de nós mesmos e perante o mundo que nos rodeia. A partir do momento que nos reconhecemos como somos, nos tornamos menos manipuláveis pelas opiniões alheias.

Em uma sociedade onde o diferente é tido como feio, gostar de si mesmo é um ato revolucionário!


 
 
 

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